A filosofia de Krishnamurti

Jiddu Krishnamurti (divulgação).

Tive contato com a filosofia de Krishnamurti há mais de 20 anos, quando ainda buscava um conhecimento mais aprofundado sobre os temas existenciais e o crescimento interior. O foco de sua filosofia é centrado em torno da compreensão integral de si mesmo. O que isso significa? Á primeira vista parece haver certa redundância e até mesmo alguns paradoxos em seus escritos, mas depois de analisar cada frase, ler seus livros, assistir os diversos diálogos do filósofo com outros intelectuais percebi que se trata de uma filosofia simples e ao mesmo tempo profunda, segue um resumo dos principais pontos analisados.

O que é o si mesmo?

É o sujeito que percebe seus próprios pensamentos, ações, desejos e tudo o que estiver relacionado consigo mesmo.

O que é estar fragmentado?

É subdividir-se em diversos eus (construtos interiores, pensamentos com mesma padronização ou categorias) e deixar que cada um deles seja o representante das verdades e afirmações do indivíduo que pensa e age.

Observador e observado?

O sujeito é o observador e cada um de seus focos de observação (imagens e centros de pensamento), correspondem ao que é observado. Observar e ser o observador ao mesmo tempo é perceber a unificação da consciência a respeito desse conhecimento (ser cônscio de si mesmo). Quando não ocorrer o foco em imagens geradas pelos pensamentos, o sujeito estará próximo de conseguir estar cônscio de si mesmo.

O que é meditar?

É se livrar-se de qualquer pensamento, mantendo a serenidade e integração!

Existe um Deus e qual a importância das religiões?

Aqui começa a mudança mais profunda na filosofia de Krishnamurti. No amadurecimento de sua filosofia, seus escritos afirmam que essa pergunta não pode ser respondida, e todas as religiões usam de uma falsa noção tanto da realidade quanto do posicionamento e instrução, cuja intenção é manter o sujeito preso em seus dogmatismos, criando uma dependência psicológica dos seguidores em torno de meras ideologias e vícios contextuais.

Qual a importância do estar vazio?

Estar vazio é eliminar conceitos, imagens, afirmações, induções, deduções e tudo o que estiver formando significados e significantes a respeito da vida vivida por aqueles que desejam uma profunda integração com o meio em que vivem. Compreender a importância desse vazio é estar próximo de atingir a verdadeira meditação.

O que é evolução?

É um estado de coisas que opera em todo o indivíduo, em seu ambiente, modo de vida e tudo o que faça parte desse mundo.

Qual a importância do conhecimento?

O conhecimento é importante para formar cidadãos aptos a exercer com maestria suas atividades na sociedade, mas dispor desse conhecimento com foco no psicológico para tentar subjugar seus semelhantes é uma atitude nociva e reprovável.

Krishnamurti constantemente ressaltou a necessidade de uma revolução na psique de cada ser humano e enfatizou que tal revolução não poderia ser levada a cabo por nenhuma entidade externa seja religiosa, política ou social. Uma revolução que só poderia ocorrer através do autoconhecimento; bem como da prática correta da meditação ao homem liberto de toda e qualquer forma de autoridade psicológica.

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Fontes: Wikipédia, Kikass.to, Epubbud