Web afeta memória humana, segundo estudo recente

Um estudo indica que utilizar a web pode melhorar a nossa memória

A pesquisadora Betsy Sparrow estava assistindo ao filme de 1944 Glaslight uma tarde e se perguntou qual atriz fazia papel da criada. Então ela pegou seu computador e deu um Google.

Isso fez com que Sparrow começasse a pensar: antes da internet, como nós respondíamos a essas perguntas?

A Internet tomou parte do nosso círculo de amizades, no qual as pessoas buscam por informações – essa é a sua conclusão, apresentada em um trabalho publicado ontem na edição online da Science.

As pessoas costumavam se voltar a seus amigos- alguém que conhece tudo sobre baseball, ou tempo, ou presidentes, ou filmes… Sabia-se a quem perguntar. O que Sparrow descobriu, em uma série de experimentos, foi que, agora, as pessoas estão mais propensas a saber onde buscar a informação na Internet.

Se elas acreditam que a informação estará facilmente acessível, elas estão mais propensas a lembrar aonde buscá-la do que da informação em si. Mas se elas não acham que será fácil achar de novo, elas têm mais chances de se lembrar da informação.

O conceito é chamado de “memória organizacional”, uma teoria desenvolvida há 25 anos pelo co-autor do estudo, Daniel M. Wegner, da Universidade de Harvard. Nele, um grupo de pessoas armazena e recupera coletivamente o conhecimento, com cada membro do grupo contribuindo.

Hoje em dia, não é muito diferente – mas o computador faz parte do grupo. E, as pessoas esquecem, existem seres humanos por trás da internet, que é da onde a informação vem. “Frequentemente, até com mais de uma fonte disponível”, acrescentou Sparrow, que é professora na Universidade Columbia.

Usar a internet não significa que estamos ficando “menos inteligentes”, disse ela, mas estamos nos tornando sofisticados em achar a melhor informação.

Ah, só para constar: o papel de empregada foi interpretado por Angela Lansbury, em sua estreia nas telonas.

Fonte:Por AP, de INFO Online • Sexta-feira, 15 de Julho de 2011