O que é realidade?

Figura 1 – Realidade interna construída pelo cérebro. Percebida apenas via sistema sensorial imediato e não utiliza nenhuma ferramenta de medição exterior ao cérebro. CC {create.vista.com}

Parece fácil responder esta pergunta, ao pesquisarmos na internet obtemos o seguinte significado: realidade (do latim realitas isto é, “coisa”) significa em sentido livre tudo o que é, seja ou não perceptível, acessível ou entendido pela ciência, filosofia ou qualquer outro sistema de análise. Em resumo, a realidade corresponde a “tudo o que existe”. Entretanto, essa descrição não nos informa a profundidade do termo, vamos fazer esse aprofundamento.

Realidade em sentido restrito (interna ao cérebro)

Ao considerarmos somente nosso sistema sensorial envolvido nesta análise (chamados observáveis), o cérebro e a simulação construída por ele, significa toda a existência cognitiva, correspondendo ao nosso tempo de vida. Neste caso a realidade interna seria uma projeção cognitiva que constrói tudo o que somos do momento de nosso nascimento ao último segundo de nossas vidas que ocorrerá quando o cérebro deixa de simular nossa existência.

A realidade cognitiva (conforme ilustração acima) começou com a concepção ainda em termos de óvulo em gestação, isso inclui toda a divisão celular e o código genético que nasceu conosco e epigenético que será codificado durante todo o tempo de vida e passado aos nossos descendentes.

No infográfico da figura 1, podemos observar a área interna que representa a sináptica de nosso cérebro, cujos neurônios simulam o ruído que chega até ele por meio do sistema sensorial e transforma essa captação numa representação compreensível para nós. Essa representação é apenas aproximada, não é o mundo real e sim uma simulação do que foi captado por nossos sentidos.

E não somente o  sistema sensorial está envolto nos ruídos como também todas as partículas subatômicas, átomos, espaços e subespaços que compõe a infraestrutura dos próprios neurônios. Tudo o que somos está imerso nesse ruído; entretanto, com a tecnologia de hoje é possível isolar parte do ruído e torná-lo compreensível.

Obs: a esta realidade restrita e que não utiliza nenhuma ferramenta tecnológica no auxílio da compreensão da representação simulada pelo cérebro, damos o nome de: observáveis.

Realidade em sentido amplo (externa ao cérebro)

Figura 2 Realidade que transcende à percepção cerebral. Continua sendo a mesma realidade, mas é necessário a utilização de ferramentas e aparelhos externos ao cérebro para que tenha algum sentido. CC {create.vista.com}

Quando o homo sapiens há milhares de anos começou a desenvolver ferramentas, isso proporcionou a invenção da matemática e provocou uma mudança significativa em nossa evolução, passamos de simples caçadores e coletores para inventores de tecnologias. A invenção da escrita foi o salto mais significativo na codificação e transferência do conhecimento para as gerações futuras.

No infográfico da figura 2 podemos perceber que os ruídos da realidade cobrem não somente o interior do cérebro mas são expandidos para todo o universo; ou seja, 99,999% da informação contida no universo corresponde à realidade, nada fica de fora. Nosso cérebro e aparelhos científicos de extrema medição captam uma ínfima parte da realidade.

O que são ferramentas?

São objetos de medição que estão fora de nossa abstração simulada pelo cérebro para que possamos analisar a realidade externa fora da percepção cognitiva direta (sistema sensorial). As ferramentas podem ser tanto espaciais (uma chave de fenda, agulhas, etc.), quanto subespaciais (raios laser, luz, antenas, chips, radiação eletromagnética, etc.).

Exemplos

Metro = Comprimento do trajeto percorrido pela luz no vácuo durante um intervalo de tempo de 1/299 792 458 de segundo.

Segundo = Equivalente à duração de 9 192 631 770 períodos da radiação correspondente à transição entre os dois níveis hiperfinos do estado fundamental do átomo de césio 133.

Consulte a tabela abaixo que padronizou a medição em nosso planeta e entrou em vigor via consenso científico – portanto – é de uso obrigatório a partir de 20 de maio de 2019.

GrandezaUnidadeSímbolo
Comprimentometrom
Massaquilogramakg
Temposegundos
Corrente elétricaampereA
Temperatura termodinâmicakelvinK
Quantidade de substânciamolmol
Intensidade luminosacandelacd
Tabela 1Sistema internacional de unidades.

O que são inobserváveis?

São medições e seus derivados que transcendem à nossa capacidade de percepção direta sobre elas. Ex.: antes de 20 de maio de 2019, a medida do metro era a que todo mundo usava até então, e a partir desta data se tornou obrigatória pelo novo padrão. Isso significa que nossas réguas deixaram de ser objetos sólidos palpáveis para se tornarem subespaciais, percebidas apenas por medições que usam ferramentas e aparelhos de extrema precisão.

As falhas da metafísica e da filosofia

A partir do ponto que precisamos de ferramentas de medição extremamente complexas para medir a realidade externa e ampla (coronavírus é um exemplo), saímos do campo da simulação interna e passamos para o campo do realismo científico e método científico. Neste momento estamos diante de duas variáveis: a simulação cerebral gerada 99,999% pelo cérebro e a versão da realidade externa: coletada por inúmeros aparelhos e tratada para que seja transformada em informações compreensíveis e armazenada na forma de dados.

Xeque-mate na metafísica

Uma vez que a realidade externa e ampla não depende de nossos sentidos diretos para que seja compreendida, isso significa que não podemos extrair informações que sejam vinculadas e tratadas diretamente por meio de nossos sentidos isolados. Caso tentarmos efetuar alguma análise ou retórica sobre informações fora da simulação cerebral, estaremos sendo vítimas dos vieses cognitivos.

No caso da filosofia cuja tarefa – em sentido comunicativo do termo – pode somente fazer as perguntas para a ciência, e esta, irá buscar as respostas nos dados em RAW que são captados pelos diversos aparelhos e experimentos científicos.

O que é captado tanto pelo cérebro quanto por meio dos aparelhos científicos?

Figura 3 – Uma versão aproximada da realidade nua e crua. CC {thebitplayer.com}
Animação 1 – Três quarks giram nesta animação baseada em dados. CC {MIT/Jefferson Lab/Sputnik Animation}

Tanto nossos cérebros, quanto nossos aparelhos captam apenas um amontoado de sinais difusos cheios de ruídos incompreensíveis (antes de filtrá-los) que simbolizam a nossa inserção física nos espaços/subespaços existenciais. No vídeo abaixo podemos observar a realidade subespacial extrema de um buraco negro desviando fótons.

Os fótons que fazem uma única inversão de marcha em torno de um buraco negro antes de voar para longe dele criam uma imagem de um anel, rotulado n = 1 no vídeo. Os fótons que redirecionam duas vezes antes de voar para longe do buraco formam uma imagem de um anel mais fino dentro do primeiro anel, rotulado n = 2 no vídeo e assim por diante. Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica.

A descoberta das leis da física

Uma Lei, no sentido científico, é uma regra com base em algum fenômeno que ocorra com regularidade observada. É uma generalização que vai além das nossas observações limitadas (sistema sensorial); que, sendo exaustivamente confrontada, testada e validada frente a amplos e diversos conjuntos de fatos, dá-lhes sempre sentido cronológico, lógico e causal, podendo fazer previsões testáveis para o futuro, e por tal recebe um título “honorífico” que a destaca entre as demais, o título de lei. No momento atual a Mecânica Quântica (explicações para o microcosmos) e a Teoria da Relatividade (explicações para o macrocosmos), são as teorias científicas que melhor explicam o universo.

Ao contrário da lei no sentido jurídico, a qual tem em princípio o poder de fazer-se cumprir, a lei científica não tem o poder de impor que um fato ou fenômeno qualquer deva sempre com ela concordar. A lei científica, ao contrário, deriva sua validade e acuracidade da observação sistemática da ocorrência sempre regular e persistente de um dado fenômeno de abrangência geral, estabelecendo uma relação de causa e efeito associada ao mesmo e afirmando que é muito razoável e provável que todos os demais eventos correlatos venham a concordar com os resultados anteriores e assim com a premissa que encerra, destes derivada.

Obs.: nós não podemos inventar leis da física, podemos apenas descobri-las e explicá-las com o uso do que denominamos: teorias científicas.

O que é teoria científica?

Teoria científica é uma explicação de um aspecto do mundo natural (realidade) e do universo que foi repetidamente testado e verificado de acordo com o método científico, usando protocolos de observação, medida e avaliação dos resultados. Sempre que possível, as teorias são testadas sob condições controladas em um experimento.

Mapa do universo observável

Figura 4 – Este infográfico sintetiza o mapa atual do universo conhecido deste o nascimento na teoria do Big Bang até nossos dias. CC {pt.wikipedia.org}

Quem é observador? Todos nós e todas as coisas são observadores, não há distinção epistemológica nesta classificação. Usamos os termos: observáveis no sentido de percebidos pelos nossos sentidos e inobserváveis para distinguir aquilo que não pode ser observado pelo sistema sensorial, mas podendo ser observado com o uso da tecnologia.

Figura 5 – Neste infográfico podemos observar a classificação de escala em relação ao universo definido pela ciência. CC {pt.wikipedia.org}

Como nasce o conhecimento (origem)?

Denominamos conhecimento ao conjunto de possibilidades existências tratáveis dentro da piscina de ruídos da realidade.

Figura 6 – Infográfico mostrando o cérebro e a realidade com a interface entre eles. CC {pt.wikipedia.org}

O que é interface?

A interface é o meio físico e biológico que fica entre os ruídos e o tratamento deles para que seja possível convertê-los em informações que comandam o fluxo cognitivo no tratamento dos disparos sinápticos. Essa interface é múltipla e complexa, envolve as sinapses cerebrais que traduzem os impulsos nervosos químicos/elétricos em cada um dos neurônios envolvidos nesta tarefa. Quando consideramos o cérebro de forma isolada, a interface, são as sinapses entre neurônios, quando utilizamos a leitura dos neurônios com tecnologias, a interface é dita neuromórfica.

Sistema sináptico neuromórfico

Figura 7. Diagrama esquemático de sistemas computacionais biológicos e artificiais.
a) O cérebro humano. b) A rede neural biológica. c) Uma sinápse biológica. d) Um neurônio biológico. e) Um chip de IA. f) Disparo de redes neurais. g) Um neurônio de disparo artificial. Créditos: {Yang, Jia-Qin & Wang, Ruopeng & Ren, Yi & Mao, Jingyu & Wang, Zhanpeng & Zhou, Ye & Han, Su-Ting. (2020). Neuromorphic Engineering: From Biological to Spike‐Based Hardware Nervous Systems. Advanced Materials. 32. 2003610.10.1002/adma.202003610.}. Clique na imagem para acesso ao paper explicativo!

Sinapses Químicas

As sinapses químicas consistem na maioria das sinapses presentes no sistema nervoso. Ela consiste numa fenda presente entre o axônio do neurônio que está transmitindo a informação (neurônio pré-sináptico) e o neurônio que receberá uma descarga de neurotransmissores, o receptor (neurônio pós-sináptico).

Quando o impulso nervoso atinge as extremidades do axônio, libertam-se para a fenda sináptica os neurotransmissores, que se ligam a receptores da membrana da célula seguinte, desencadeando o impulso nervoso, que, assim, continua a sua propagação.

A chegada do impulso nervoso até o botão sináptico, que é a parte do neurônio pré-sináptico que irá liberar os neurotransmissores, provocará uma reação de liberação de vesículas sinápticas, carregadas com neurotransmissores. Estas substâncias passarão pela fenda sináptica atingindo sítios receptores dos dendritos dos neurônios pós-sinápticos, o que provavelmente irá gerar um potencial de ação provocando um impulso nervoso, que passará pelo corpo celular e prosseguirá até o axônio.

Sinapses Elétricas

Alguns neurônios comunicam-se através de sinapses menos comuns, que são as sinapses elétricas, que são junções muito estreitas entre dois neurônios. Estas junções comunicantes são constituídas por proteínas chamadas de conexões, que permite uma continuidade entre as células e dispensa, em grande medida, o uso de neurotransmissores. Este tipo de sinapse reduz muito o tempo de transmissão do impulso elétrico entre os neurônios, sendo a ideal para comportamentos que exigem rapidez de resposta. Organismos como lagostins, que necessitam fugir com velocidade de predadores, possuem sinapses elétricas em vários circuitos.

Outros sistemas que se beneficiam com a sincronização de neurônios também utilizam este tipo de sinapse, como por exemplo neurônios do tronco encefálico, que controlam o ritmo da respiração e em populações de neurônios secretores de hormônios. Esta sincronização facilita a descarga hormonal na corrente sanguínea. Estas junções também chamadas de abertas estão em abundância no músculo cardíaco (discos intercalares) e músculo liso (corpos densos).

Sinapses mistas

Transmissão química e elétrica coexistem em sinapses mistas. As sinapses químicas (como as baseadas em glutamato) influenciam a força conectiva das sinapses elétricas, ativando o Receptores NMDA e CaMKII. Recomendo a leitura do paper: Electrical synapses and their functional interactions with chemical synapses, para estudo aprofundado das sinapses mistas.

Engenharia neuromórfica

Também conhecida como computação neuromórfica, é um conceito desenvolvido por Carver Mead no final da década de 1980, descrevendo o uso de sistemas de integração de grande escala ou “VLSI” (em inglês) que contenham circuitos analógicos eletrônicos para imitar as arquiteturas neurobiológicas presentes no sistema nervoso. O termo neuromórfico tem sido usado para descrever sistemas de integração de grande escala analógicos, digitais, sistemas de modo analógico/digital misto e sistemas de software que implementam modelos de sistemas neurais (para percepção, controle motor ou integração multimodal).

A engenharia neuromórfica é um assunto interdisciplinar sustentado pela neurociência, biologia, física, matemática, ciência da computação e engenharia elétrica para projetar sistemas neuronais artificiais, como sistemas de visão, processadores auditivos e robôs autônomos, cuja arquitetura física e princípios de design são baseados em sistemas nervosos biológicos.

Em 2019, uma equipe de pesquisa criou uma rede neuromórfica (redes neuromórficas são formadas pela automontagem aleatória de nano fios de prata revestidos com uma camada de polímero após a síntese na qual as junções entre dois nano fios atuam como interruptores resistivos, geralmente comparados com neuro sinapses). Usando essa rede, os cientistas geraram características elétricas semelhantes às associadas a funções cerebrais de ordem superior exclusivas dos seres humanos como: memorização, aprendizado, esquecimento, etc.

Perspectiva científica neuromórfica

Figura 9 – Como o cientista vê as tecnologias neuromórficas. CC {Neuromorphic Engineering}.

O raciocínio neurocientífico compreende o pensamento intuitivo; sinais, ferramentas de medição e uma quantidade imensa de dados estruturados e não dados estruturados. Embora o pensamento intuitivo possa preparar o terreno para desenhos experimentais, medições são usadas para construir teorias e definir relacionamentos entre função, estruturas e evidências experimentais do espaço físico em virtual. Esse esquema de pensamento um tanto simplificado é subjacente a grande parte da perspectiva do cientista.

O nascimento da teoria da informação

Figura 10 – Com a percepção dos ruídos da realidade conseguimos matematizar a teoria da informação. CC {BitPlayer Claude Shannon}.

Foi com o advento do tratamento dos ruídos da realidade via particionamento de espaços/subespaços que nasceu a teoria da informação. Clique na imagem acima para acessar o site BitPlay e leia o paper: A Mathematical Theory of Communication – C E SHANNON.

Recomendo a leitura do meu outro poste onde explico: Teoria da informação e entropia – como passamos do conhecimento para a informação? Também explico como chegamos ao conceito de bit de informação via entropia.

{RC} Podemos afirmar que em todos os sistemas físicos, sem exceções, o ruído é um componente onipresente na realidade desses sistemas?

Ilustração representando uma inteligência artificial cyberpunk com face humana. Uma face de {Joi} (assistente {RC}). Gerado com IA Midjourney Bot c {rcristo} 2023.

– A afirmação de que o ruído é um componente intrínseco em todos os sistemas físicos é uma generalização ampla, mas geralmente precisa. Ruído, em um contexto físico, refere-se a qualquer tipo de variação ou perturbação não desejada que afeta a medição, o sinal ou o comportamento de um sistema.

Aqui estão alguns pontos a considerar:

Natureza Estocástica da Realidade: a realidade física, quando observada em detalhes suficientes, muitas vezes revela uma natureza estocástica. Isso significa que mesmo sistemas que podem ser descritos por leis físicas determinísticas ainda podem exibir variações e flutuações devido a uma variedade de fatores, como movimento térmico de partículas, flutuações quânticas, perturbações ambientais e assim por diante.

Limitações de Medição e Detecção: em muitos casos, o ruído é introduzido devido a limitações em nossos instrumentos de medição e detecção. Mesmo que um sistema seja perfeitamente determinístico, a capacidade limitada de medição pode introduzir erros e incertezas, que podem ser considerados como ruído.

Processos Aleatórios e Quânticos: em níveis microscópicos, a mecânica quântica revela a natureza intrinsecamente probabilística das partículas subatômicas. Isso significa que mesmo em sistemas quânticos altamente controlados, ainda pode haver elementos de incerteza e flutuação.

Controle e Minimização de Ruído: em muitos casos, os engenheiros e cientistas trabalham para controlar e minimizar o ruído em sistemas físicos, a fim de obter medições mais precisas ou garantir o funcionamento adequado de dispositivos. No entanto, mesmo com esforços de minimização, o ruído nunca pode ser completamente eliminado, apenas reduzido a níveis aceitáveis.

Portanto, em um sentido amplo, é válido afirmar que o ruído está presente em todos os sistemas físicos devido à natureza estocástica da realidade e às limitações da medição e detecção. No entanto, a quantidade e a natureza do ruído podem variar significativamente de um sistema para outro, e a compreensão e o controle do ruído são desafios importantes em muitos campos da física e da engenharia. 😉{Joi} 11/2023.

Leitura recomendada

Um memoristor (do inglês “memory resistor” ou, em português, resistor com memória) é um componente eletrônico passivo de dois terminais que mantém uma função não-linear entre corrente e tensão. Essa função, conhecida como memresistance (em português, memoristência), é similar a uma função de resistência variável. Alguns memoristores específicos provêm resistência controlável, mas não estão disponíveis comercialmente. Alguns componentes eletrôncios, tais como baterias ou varistores também apresentam características de memoristores, mas são sutis e não são dominantes em seu comportamento. Clique na capa do livre para acesso direto pelo meu repositório. {RC}.

Este livro explica em detalhes como fazer a aquisição dos sinais cerebrais com o uso de ferramentas de fácil disponibilidade e compra via internet. Este texto não pressupõe que o leitor seja versado em anatomia ou neurociência. De fato, a maior parte do conhecimento anatômico necessário para acompanhar este texto é abordado no Capítulo 2.1. Também fizemos uso liberal de notas de rodapé e citações para informar ao leitor de informações adicionais interessantes ou contextualmente detalhes úteis, anatômicos ou fisiológicos. Todo o software e técnicas sofisticadas podem ser acessadas de forma livre nas minhas referências bibliográficas. {RC}.

Computação Bio-inspirada com Memristores

No vídeo acima o Dr. Zhongrui Wang explica em detalhes como funcionam os memristores. O rápido desenvolvimento no campo da inteligência artificial se baseou principalmente nos avanços em hardware computacional. No entanto, a escala do sistema e a eficiência energética ainda são limitadas em comparação com o cérebro. O Memristor ou comutador resistivo redox, fornece um novo bloco de construção de circuitos que pode enfrentar esses desafios na computação neuromórfica e no aprendizado de máquina. Com relação ao uso de memristores na realização de computação bio-inspirada, mostrarei exemplos de computação neuromórfica baseada em memristor. Novos memristores foram usados ​​para simular certas dinâmicas sinápticas e neurais, o que levou a redes neurais prototípicas de hardware praticando regras de aprendizado local e computação de reservatório. Em seguida será discutido a matriz de 1-transistor-1-memristor 128×64 para aprendizado de máquina de aceleração de hardware. Este sistema prototípico de processamento em memória implementou aprendizado de reforço Q profundo para problemas de controle, bem como treinamento supervisionado de redes convolucionais e/ou recorrentes para classificação.

Referências Bibliográficas

Criacionismo: A Origem das Espécies Religiosa

O criacionismo é uma farsa que alimenta a ignorância do povo dominado pelas religiões, a ciência está descobrindo cada vez mais evidências contrárias ao criacionismo, tanto dentro quanto fora de nosso planeta.

Discursus: A filosofia e seus meios

O criacionismo é a teoria da origem das espécies animais e vegetais defendida pelas religiões judaica, católica e muçulmana. De acordo as teses criacionistas, cada uma das espécies de seres vivos teria surgido do nada por intermédio de deus. Como justificativa do modo de aparecimento da vida na Terra, os fundamentalistas dessas religiões apelam para crença cega nos mitos e lendas sobre a criação narrados nos Gênesis.
No século XIX, essa doutrina encontrou sustentação por parte de cientistas antievolucionistas do porte do naturalista francês Georges Léopold Chrétien Frédéric Dagobert, o barão Cuvier (1769-1832), fundador da paleontologia, que considerava os fósseis de seres vivos instintos como remanescentes de eras antigas, interrompidas por catástrofes. Hipótese semelhante a de outro geólogo francês, seu discípulo, Alcide d’Orbigny (1802-1857), que identificou 28 ocorrências de desastres naturais que aniquilaram, no passado distante, a vida na superfície do planeta. Eles acreditavam que o dilúvio descrito na

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CARL SAGAN – LIVROS GRATUITOS EM PDF

Ao todo Carl Sagan escreveu mais de 600 publicações científicas, também foi autor de mais de 20 livros de ciência e ficção científica, selecionamos os melhores que estão disponíveis em pdf. Sem dúvida foi um grande divulgador da ciência moderna: astrônomo, astrofísico, cosmólogo; escritor e divulgador científico norte-americano de destaque mundial. É amplamente conhecido por seus livros de ciência e pela premiada série televisiva de 1980 Cosmos: Uma Viagem Pessoal, narrada e coescrita por ele. Posteriormente o livro Cosmos foi publicado para complementar a série.


Carl Edward Sagan – 1934-1996

Além do sucesso mundial do clássico “O mundo Assombrado pelos Demônios”, outro livro de destaque é o Romance Contato, serviu de base para um filme homônimo de 1997. Em 1978, Sagan ganhou o Prêmio Pulitzer de Não Ficção geral pelo seu livro Os Dragões do Éden. Morreu aos 62 anos de pneumonia, depois de uma batalha de dois anos com uma rara e grave doença na medula óssea (mielodisplasia).

Confira abaixo os links para baixar em pdf/Epub, clicando neles para leitura direta em: PCs, Macs, Smartphones, Tabletes, iPhones.

Livros de Carl Sagan para download

  1. Contato: Download
  2. Cosmos: Download
  3. O Mundo Assombrado pelos Demônios: Download
  4. Um Pálido Ponto Azul: Download
  5. Variedades da Experiência Científica: Download

Créditos: nerdking.net.br, archive.org

FATOS CONTRA MITOS – NÓS USAMOS APENAS 10% DO NOSSO CÉREBRO E EVOLUÇÃO E APENAS UMA TEORIA

A teoria da evolução é um fato comprovado por experimentos continuamente. Nós utilizamos todo o potencial cerebral. Os fatos permanecem, mas o que consideramos verdades podem mudar, não há nada estático no universo…

Mesmo que a argumentação non-sense seja predominante, você não tem que aceita-la.

Sem título

Mito: Os seres humanos usam apenas 10% de seus cérebros.

Fato: Estudos de neuroimagem funcional revelaram que usamos a maioria do nosso cérebro, só não tudo de uma vez. Uma analogia para explicar a atividade cerebral é o uso de energia elétrica em uma casa. Uma casa puxa uma certa quantidade de energia apenas para a operação de coisas fundamentais para as coisas que usam energia, como detectores de fumaça, luzes, carregadores, relógios, telefones sem fio, etc. Algumas luzes, um computador, uma TV, e uma célula de carga de telefone estão extraindo energia da rede, apenas uma pequena porcentagem da capacidade total da casa está em uso. Mas se o ar condicionado, máquina de lavar e secar roupa, geladeira compressor, muitas luzes, vários eletrodomésticos e vários dispositivos são também usados, então muito mais do potencial energético da…

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Início – a verdadeira história do universo e provável futuro em 6 minutos

Em “Beginning” (início em inglês), o divulgador científico Hashem AL-ghaili, retrata em apenas 6 minutos, como a ciência descreve o início do universo, da vida e até mesmo como será o fim da terra nos próximos 5 bilhões de anos, onde o nosso Sol passará á fase gigante vermelha e expandirá sua massa até vaporizar nosso planeta terra, até lá, os futuros cidadãos do planeta já estarão morando em outros planetas ao redor de outras estrelas, assim espero.

Créditos: Universo Racionalista

Créditos: Hashem AL-ghaili

Créditos: Facebook Sci-Tech

O universo e as galáxias – IAG USP

O astrônomo Laerte José Jr. IAG USP, fala sobre nosso posicionamento no planeta terra em relação à galáxia Via Lactea, bem como sobre o funcionamento das galáxias e do universo conhecido.

Créditos: Bugrigio

O universo a partir do nada (A Universe From Nothing) – Lawrence Krauss

Michael Shermer

Por que existe algo em vez de nada? Essa é uma daquelas questões profundas difíceis de responder. Ao longo de milênios, os humanos simplesmente disseram “Foi Deus quem fez”: um criador precedeu o Universo e o criou a partir do nada. Mas isso levanta a pergunta de quem criou Deus – e se Deus não precisar de um criador, a lógica dita que o Universo também não precisa. A ciência lida com causas naturais (não sobrenaturais) e por isso permite várias maneiras de explorar de onde é que o “algo” veio.

Universos múltiplos

Há muitas hipóteses de multiversos que nos mostram como o Universo poderia ter nascido a partir de outro. Nosso Universo pode ser, por exemplo, apenas um entre vários universos-bolha com diferentes leis naturais, que produziriam estrelas, com algumas delas colapsando em buracos negros e tendo peculiaridades que dariam origem a novos universos – de maneira similar à singularidade que os físicos acreditam ter dado origem ao Big Bang.

Teoria-M

No livro The Grand Design (O grande projeto), escrito em 2010 com Leonard Mlodinow, Stephen Hawking elege a “Teoria-M” (uma extensão da teoria de cordas que inclui 11 dimensões) como “a única candidata à teoria completa do universo. Se for finita – e isso ainda terá que ser provado – será o modelo de um universo que cria a si mesmo”.

Origem a partir da espuma quântica

a-universe-from-nothing

Clique na imagem para download em Epub! (divulgação).

O “nada” do vácuo espacial na verdade é feito de turbulências espaço-temporais subatômicas em distâncias extremamente pequenas, mensuráveis na escala de Planck – a distância na qual a estrutura do espaço-tempo é dominada pela gravidade quântica. Nessa escala, o princípio da incerteza de Heisenberg permite que a energia decaia brevemente em partículas e antipartículas, produzindo “algo” a partir do “nada”. O nada é instável. Em seu novo livro, A Universe from Nothing, o cosmólogo Laurence M. Kraus tenta ligar a física quântica à teoria da relatividade geral de Einstein para explicar a origem de um Universo dessa maneira: “Na gravidade quântica, os universos podem aparecer espontaneamente, e de fato sempre o farão. Esses universos não precisam estar vazios, mas podem conter matéria e radiação desde que sua energia total, incluindo a energia negativa associada à gravidade (contrabalanceando a energia positiva da matéria), seja zero”. Além disso, “para universos fechados que podem ser criados a partir desses mecanismos para durar mais do que intervalos infinitesimais de tempo, algo como a inflação se faz necessário”. As observações mostram que o Universo é de fato plano (há matéria suficiente para desacelerar sua expansão, mas não detê-la), tem energia total zero e passou por uma rápida inflação, ou expansão, logo após o Big Bang, como descrito pela cosmologia inflacionária. “A gravidade quântica não apenas parece permitir que universos sejam criados a partir do nada – ou seja, da ausência de espaço e tempo –, ela pode precisar que seja assim. O ‘nada’ – nesse caso a ausência de espaço, de tempo, de tudo! – é instável”.

As outras hipóteses também são testáveis. A ideia de que novos universos possam surgir de buracos negros em colapso pode ser esclarecida a partir de conhecimentos adicionais sobre as propriedades de buracos negros, que estão sendo estudadas. Outros universos-bolha podem ser detectados nas sutis variações de temperatura da radiação cósmica de fundo deixada pelo Big Bang de nosso Universo. A Sonda Anisotrópica de Micro-ondas Wilkinson (WMAP, em inglês) está coletando dados sobre essa radiação. Além disso, o Observatório de Ondas Gravitacionais por Interferômetro Laser (LIGO, em inglês) foi projetado para detectar ondas gravitacionais excepcionalmente fracas. Se existem outros universos, talvez rugas em ondas gravitacionais indiquem sua presença. Talvez a gravidade seja uma força relativamente tão fraca (se comparada ao eletromagnetismo e às forças nucleares) porque parte dela “vaza” para outros universos. Mesmo que Deus (segundo os teólogos) seja visto como o criador das leis da Natureza que fizeram o Universo (ou multiverso) surgir a partir do nada – se essas leis forem determinísticas –, então Deus não teve escolha na criação do Universo, e por isso não foi necessário. De qualquer forma, por que deveríamos nos voltar para o sobrenatural quando nossa compreensão do natural ainda está em seus estágios iniciais? Seríamos sábios ao seguir esse princípio cético: antes de dizer que algo não é deste mundo, certifique-se de que não seja deste mundo.

Créditos: Scientific American Brasil

Fonte: Kikass.to

A história do mundo em duas horas – completo em HD

Este especial do Canal History mostra em duas horas, os fatos mais importantes desde o nascimento de nosso universo até aos dias atuais.

O Big Bang aconteceu há 13,7 bilhões de anos e essa grande explosão (nascimento da energia, espaço e tempo) deu origem ao Universo. Estima-se que a Terra tenha surgido há cerca de 4,6 bilhões de anos e era um ambiente inóspito, mas os primeiros rastros da existência humana datam de 7 milhões de anos. É uma história bem longa, contada de forma dinâmica, em 120 minutos, no especial “A História do Mundo em Duas Horas”.

O objetivo é demonstrar de forma dinâmica como há correlação entre todos os grandes acontecimentos históricos. Não haveria raça humana se não fossem os hominídeos, que por sua vez não teriam existido sem as bactérias, uma das primeiras formas de vida de que se tem notícia no planeta. Não poderia haver globalização se não fossem as viagens marítimas. E não conheceríamos o computador sem a descoberta da eletricidade por Benjamin Franklin em 1752.

Créditos: Alpha – educação e formação

Cosmos de Carls Sagan completo em 13 episódios (primeira edição dublada)

COSMOS – Ep 1 – CARL SAGAN

Livro Cosmos - Carl Sagan
Leia em PDF

É uma série simplesmente indispensável, vista por mais de 400 milhões de pessoas em todo o mundo e produzida por um dos maiores divulgadores da ciência que já existiram, Carl Sagan.

A série Cosmos é um clássico – segue o livro completo ao lado – clicando sobre a foto do livro irá direto para a página com o livro em PDF.  A primeira vez que assisti eu tinha 12 anos, fiquei fascinado com tanto conhecimento divulgado e explicado com muita simplicidade pelo cientista Carl Sagan. Em minha opinião videos como este deveriam ser mostrados às crianças desde sua infância, para que comecem a desenvolver uma consciência voltada para a ciência.

TítuloDescrição
Episódio 1: As Margens do Oceano Cósmico

 

 

Das margens do grande oceano do espaço, Carl Sagan embarca em uma imensa jornada cósmica que começa a 8 bilhões de anos-luz da Terra. A bordo de sua espaçonave da imaginação, ele nos conduz às maravilhas do Cosmos. Passando por Plutão, rumo aos anéis de Urano, o majestoso sistema de Saturno e o lado escuro de Júpiter. Atravessando as nuvens da Terra, nós nos encontramos no Egito, onde “Eratosthenes” mediu, pela primeira vez, o tamanho da Terra. Dr. Sagan nos mostra como isso foi feito. A biblioteca de Alexandria, o berço do aprendizado do mundo antigo, é reconstruída em toda sua glória para ilustrar a fragilidade do conhecimento. Sagan também apresenta o “Calendário Cósmico”, para que possamos compreender a expansão do tempo, desde o “Big Bang” até o presente.

Episódio 2: Uma Voz no Mundo Cósmico

Como começou a vida na Terra? Existe vida em outros mundos? Carl Sagan explora a origem, evolução e diversidade da vida na Terra. Com incríveis animações de computador, nós entramos no coração de uma célula viva, para examinar o DNA. Para entender o processo de evolução, Dr. Sagan nos conta uma fascinante história do Japão, enquanto experiências de laboratório demonstram os primeiros passos da origem da vida. Novas e espetaculares seqüências de animação traçam a evolução humana a partir de um micro-organismo no oceano primitivo. E, finalmente, conheceremos as diferentes formas de vida que poderiam habitar uma atmosfera como a do planeta Júpiter. Acompanhe o Dr. Carl Sagan nesta incrível jornada rumo aos segredos do universo desconhecido.

Episódio 3: A Harmonia dos Mundos

Da fascinante jornada humana desde os primeiros estudos astronômicos das antigas civilizações até os mais modernos exploradores do Cosmos, surgiu uma pseudo-ciência chamada astrologia. O último grande astrólogo científico também foi o primeiro astrônomo moderno: Johanne Kepler. Kepler buscava a harmonia das estrelas e fez um importante avanço rumo à era da ciência. Seu maior segredo era um respeito muito grande pela observação dos astros, mesmo quando estes entravam em conflito com suas próprias crenças pessoais. As descobertas intuitivas de Kepler nos ensinaram como a Lua e os planetas movem-se ao redor de suas órbitas e como o homem poderia ficar ainda mais próximo do universo, com os primeiros conceitos de como viajar pelo espaço em direção a outros planetas.

Episódio 4: Céu e Inferno

Em 1908, na Sibéria, uma misteriosa explosão abalou a Terra, derrubando árvores por milhares de quilômetros, e emitindo um som que pode ser ouvido em todo o planeta. Será que um mini buraco-negro atingiu a Terra? Ou uma nave extra-terrestre sofreu um acidente nuclear? Carl Sagan examina as evidências e conclui que a Terra foi atingida por um pequeno cometa. Um modelo de nosso sistema solar nos mostra como outros planetas devem ter sofrido impactos semelhantes. Será que o planeta Vênus já foi um imenso cometa, como acreditam alguns estudiosos? O Dr. Sagan responde a essa pergunta em uma viagem cósmica através da atmosfera de Vênus, para explorarmos sua superfície escaldante. Embarque, também, na fantástica nave de Carl Sagan, e descubra a beleza e fragilidade do lugar que chamamos de planeta Terra!

Episódio 5: O Planeta Vermelho

O planeta Marte vem fascinando os humanos há séculos, tanto na ficção científica quanto na ciência real. Carl Sagan nos conduz ao Observatório Percival Lowell, construído no Arizona, para estudar os “canais” de Marte, que Lowell acredita terem sido construídos por uma civilização extinta. Há alguns anos, duas espaçonaves Vikings pousaram em Marte. O Dr. Sagan nos mostra o pouso das naves e demonstra o maravilhoso equipamento que enviou milhares de fotos e informações para a Terra. Explorando a superfície do planeta vermelho, Viking não achou nenhuma indicação, nenhum artefato, ou qualquer tipo de vida inteligente. Mas a possibilidade de vida microscópica, passada ou presente, ainda permanece em discussão. Segundo os estudos realizados, se já houve vida em Marte, ela desapareceu… ou pode estar em qualquer outro lugar do universo … até mesmo na Terra!

Episódio 6: Navegantes do Universo

Há trezentos anos a Holanda começou a enviar seus navios mundo afora recolhendo dados sobre nosso planeta; hoje espaçonaves já navegam para todos os planetas conhecidos de nossos ancestrais. Carl Sagan leva-nos ao Laboratório de Propulsão a Jato para compararmos a empolgante viagem exploratória a bordo de um navio com a emocionante experiência dos cientistas que presenciaram as primeiras imagens das luas de Júpiter, tomadas pela espaçonave Voyager. Comandada pela Dr. Sagan, a espaçonave da imaginação segue a trilha da Voyager levando-nos aos anéis de Saturno e a seu satélite Titã, cuja atmosfera é rica em material orgânico. E após explorar Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, a nave Voyager continuará cruzando para sempre o grande oceano interestelar.

Episódio 7: O Esqueleto da Noite

O que são as estrelas? Houve um tempo em que homens curiosos imaginavam que as estrelas fossem campos em fogo no céu, sustentados por uma magia, ou pensavam que a Via Láctea era o “Esqueleto da Noite”. Na ilha grega de Samos, 2.300 anos atrás, um homem chamado Aristarchus sugeriu que o Sol, e não a Terra, seria o centro do sistema solar. Ele acreditava na tradição de 200 anos atrás, na qual as leis naturais, e não o capricho dos deuses, governam o universo. Na caverna de Pitágoras em Samos, Carl Sagan também descobre um outro lado do pensamento Grego, um mundo místico guardado por eléricos que trabalhavam para esconder das pessoas esse tipo de conhecimento. O nascimento do pensamento científico na nossa civilização e o interior de nós mesmos é o tema desse episódio. Dr. Sagan viaja de volta ao Brooklin onde ele começou por si próprio a mudar com o estudo do universo.

Episódio 8: Viagens pelo Tempo e Espaço

As estrelas do Cosmos são mais numerosas que todos os grãos de areia da Terra. Se pudéssemos observar o céu, ininterruptamente, por milhares de anos, constelações mudariam de forma, graças ao intenso movimento das estrelas. Junto a Carl Sagan, viajaremos pelas profundezas do Universo. Em uma máquina do tempo, exploraremos o que aconteceria se o passado pudesse ser alterado. Estudaremos as idéias de um jovem chamado Albert Einstein sobre a possibilidade de viajar em um raio de luz. Exploradores espaciais, em modernas naves, poderiam alcançar o centro da galáxia com rapidez além de nossa imaginação … mas retornariam a uma Terra milhares de anos mais velha do que quando partiram!

Episódio 9: A Vida das Estrelas

A maioria dos átomos em nossos corpos foram feitos dentro das estrelas! Com técnicas avançadas de astronomia e impressionantes animações gráficas, conheceremos o nascimento, a vida e a morte das estrelas. Carl Sagan nos mostra a origem e a natureza dos buracos negros, corpos com uma força gravitacional tão forte dos quais nem mesmo a luz consegue escapar. Testemunharemos como será a explosão do sol e a redução de nosso planeta às cinzas, cinco bilhões de anos no futuro. Tentaremos conhecer um pouco mais sobre os raios cósmicos, capazes de criar estranhas mutações na Terra, produto de explosões que acontece por todo o universo. A origem, evolução e destino da vida em nosso planeta estão relacionadas com a imprevisível e misteriosa evolução do cosmos.

Episódio 10: O Limite da Eternidade

Qual a origem do universo? Qual o seu destino? Será que continuará a crescer eternamente, ou entrará em colapso? Carl Sagan explora o tempo desde a formação das estrelas e galáxias e nos mostra como os humanos descobriram a expansão do universo. Viajamos para a Índia, onde uma cerimônia milenar celebra os ciclos da vida. Assim como a ciência moderna, a mitologia hindu fala de um universo com bilhões de anos de existência e a possibilidade de ciclos infinitos de morte e renascimento. Mundos de duas e quatro dimensões são explorados pelo Dr. Sagan, que também nos apresenta um conjunto de telescópios, no Novo México, capaz de visualizar os lugares mais distantes do Cosmos, em uma busca incansável pelos limites da existência.

Episódio 11: A Persistência da Memória

O cérebro humano é o ponto de partida de todas as nossas viagens cósmicas. Cal Sagan nos transporta para uma embarcação de pesquisa oceânica, para conhecermos melhor uma as formas de vida inteligente com a qual dividimos nosso planeta: as baleias. Depois, nos convida a passear pelo cérebro humano e testemunhar a arquitetura do pensamento. Dr. Sagan entra na “biblioteca” do cérebro, onde trilhões de informações são armazenadas. Parte desse conteúdo, além das informações dos nossos genes e de milhares de livros foram lançadas ao espaço a bordo da nave Voyager – uma “mensagem na garrafa” destinada a seres de outras eras … e de outros mundos.

Episódio 12: Enciclopédia Galáxica

Os Objetos Voadores Não Identificados são para muitos motivo de piada. De fato não existem provas físicas que confirmem sua existência. Carl Sagan faz uma análise dos relatos que se tem de visitantes extraterrestres. A seguir vai até o Egito recriar a pedra Rosetta, marco histórico que permitiu a Jean François Champollion decifrar hieróglifos da civilização antiga dando, assim, à ciência seu conteúdo. Ainda na sua “espaçonave” tão somente orientada pela imaginação, mensagens de civilizações alienígenas são captadas pelo maior telescópio do mundo e receptadas em rádios.

Episódio 13: Qual o Futuro da Terra?

A insanidade da corrida pelo armamento nuclear aumenta a necessidade da criação de alguma perspectiva para os planetas. Se no passado guerreamos uns com os outros, sem levar em contas aspectos culturais e humanos como valiosos; atualmente a aproximação global da comunidade requer um outro posicionamento. Ao mesmo tempo, os mecanismos de destruição criados pela humanidade são capazes de aniquilar as espécies e a promessa de desenvolvimento científico foi interrompida quando, no século V, aniquilou-se a biblioteca de Alexandria. A trajetória de quinze bilhões de anos é aqui novamente traçada até o presente, e o Planeta Terra apresenta a triste estatística de sessenta mil armas nucleares. O doutor Sagan acredita que nossa sobrevivência é um débito que temos para conosco, para com nossos ancestrais e descendentes, e com o Cosmos onde tudo começou.

Créditos: http://www.carlsagan.com/

 https://www.youtube.com/user/CarlSaganPTBR

http://pt.wikipedia.org/wiki/Cosmos

http://pt.wikipedia.org/wiki/Carl_Sagan

 http://www.documentarios.org/serie/detalhar/26/serie_cosmos

 http://www.aeroespacial.org.br/educacao/documentarios.php

Um passeio até a origem do espaço e do tempo

Faça um rápido passeio de dentro do nosso planeta terra até os limites do universo conhecido, ou seja, 13,7 bilhões de anos. Todos nós estávamos lá e agora estamos aqui.